Deolane Bezerra deixa presídio depois de Justiça conceder habeas corpus
A influênciadora e advogada Deolane Bezerra deixou o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24). Ela foi solta depois de uma decisão do pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que beneficiou 18 investigados, ao todo. Foram beneficiados o casal proprietário da Vai de Bet, Aislla Rocha e André Rocha.
Deolane é alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. Ela estava estava presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, a cerca de 280 km da capital pernambucana, desde o último dia 10.
A Justiça chegou a decretar prisão domiciliar para Deolane, mas a decisão foi revogada apenas um dia após ela deixar a prisão no Recife e ela foi encaminhada para a prisão no interior.
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O habeas corpus que soltou Deolane nesta terça-feira foi concedido pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso. Ele acatou um pedido feito pela defesa de Darwin Filho, também suspeito de participação no esquema, estendendo o relaxamento da prisão aos demais detidos.
Ao deixar o presídio no Recife em 9 de agosto, a influenciadora iria cumprir prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ela teve o benefício revogado por ter descumprido ordem judicial para não se manifestar por redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação.
Ao contrário do que foi determinado na decisão anterior, desta vez Deolane não precisará usar tornozeleira. Como condição para a liberdade provisória, a influenciadora e os demais investigados devem cumprir as seguintes regras:
- Não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
- Não podem se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial;
- Não podem praticar outra infração penal dolosa;
- Devem comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, para tomar ciência de todas as cautelares e informar endereço atualizado.
O magistrado também proibiu os investigados de frequentar qualquer empresa que esteja relacionada à investigação da Operação Integration ou participar de qualquer tipo de decisão sobre a atividade econômica de qualquer empresa que faça da investigação. Também estão proibidos de fazer publicidade ou citar qualquer plataforma de jogos.
O desembargador Guillod determinou que ficam mantidos os bloqueios de valores e sequestros de bens determinados a pedido da Polícia Civil, dentro da investigação policial da Operação Integration.